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F1 e Sprint Races: no fim, é tudo sobre dinheiro

A proposta de seis Sprint Races desaparece no horizonte e mostra como o dinheiro fala alto na F1

3 fev 2022 - 13h49
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Largada da Sprint Race em Interlagos 2021. Pode ser que nao teremos em 2022
Largada da Sprint Race em Interlagos 2021. Pode ser que nao teremos em 2022
Foto: Mercedes AMG F1

Veículos como o Motorsport.com e o Auto Motor Und Sport trazem nesta quinta-feira (03) a notícia de que a iniciativa da F1 em estabelecer 6 Sprint Races nesta temporada (Bahrein, Imola, Canadá, Áustria, Zandvoort e Interlagos) está sendo devidamente torpedeada, embora não houvesse sido ainda oficializada.

Introduzida em 2021, a Sprint Race é um elemento que dividiu as opiniões do público desde o início. O objetivo da Liberty era adicionar mais um elemento para prender a atenção do público e garantir mais receitas aos organizadores. Dos 3 GPs em que aconteceu (Grã-Bretanha, Itália e São Paulo), somente no último é que houve uma situação que prendesse efetivamente a atenção do público, principalmente pela escalada promovida por Lewis Hamilton.

Após alguns temores, as equipes viram que os custos com estes eventos não aumentaram. No ano passado, a F1 pagou um valor adicional de US$ 500 mil por corrida, o que aumentou ligeiramente o teto orçamentário, estabelecido em US$ 145 milhões. E por este valor adicional é começou a discórdia em torno da expansão do número das Sprint Races.

Além de vitórias, equipe de F1 quer é dinheiro. A proposta inicial da Liberty era manter o valor de US$ 500 mil por etapa, mais um acréscimo de US$ 150 mil. Isso daria um total de US$ 2,65 milhões pelo pacote de 6 etapas. Entretanto, este valor não entraria como um acréscimo ao teto orçamentário.

Boa parte dos times viu a proposta com bons olhos. Afinal de contas, seria uma forma de faturar mais algum dinheiro, sem aumento expressivo dos custos e ainda expor mais os patrocinadores. Sem contar o acréscimo vindo da TV e acordos: estima-se que as seis Sprint Races gerariam US$ 10 milhões a mais para a F1 e este dinheiro também é dividido pelas equipes. Porém...

A governança da F1 mudou um pouco. Se antigamente era necessário que houvesse unanimidade entre os times para a tomada de decisão, atualmente a votação foi para um sistema de maioria. E neste assunto específico, reporta-se que as três grandes (Red Bull, Ferrari e Mercedes) solicitaram um aumento maior no teto orçamentário para acomodar este aumento de etapas, o que seja uma bela maneira de acomodar ainda a grandeza de suas estruturas. Essa atitude até foi citada por Zak Brown, CEO da McLaren, em sua carta de final de ano e duramente criticada (falamos dela aqui)

O fato é que o impasse foi criado. Agora, se discute se teremos novamente 3 edições da Sprint Race esta temporada ou até mesmo não ter nenhuma. É de interesse da F1 que pelo menos se mantenha as 3 por conta da arrecadação envolvida e ainda dar mais uma chance do formato cair no gosto dos fãs, passando por alguns ajustes. O que se fala é que na próxima reunião de equipes com a FIA e a F1 esta proposta de seis Sprint Races ficaria para 2023 e manter-se-ia o número atual. A conferir.

Não se enganem, pessoal. Tudo é uma questão de dinheiro.

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